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HIPOCAMPO | ISSN 2595-3273

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#8 | outubro 2020

BEM VINDXS ao HIPOCAMPO #8!

O tempo é um conceito primitivo, portanto adquirido por vivência. É também um grande mistério que ronda a humanidade desde sempre, tema de debates entre cientistas e pensadorxs de diversas áreas do conhecimento, inclusive da arte. Na ciência, a aceitação de um conceito primitivo o torna real. E assim vivemos com o tempo.

Cotidianamente, na vivência, o tempo pode ser visto basicamente de duas formas: como espaço, extensão, oportunidade, liberdade; ou como limite, fronteira, inconveniência, controle. É o mesmo caso do copo meio cheio ou meio vazio. Independentemente da profundidade do entendimento e da percepção que cada umx tenha do tempo, o ser humano do mundo moderno parece encontrar dificuldades, ou falta de clareza, sobre como viver o tempo.

É preciso escolher o que fazer ao longo dos anos de uma vida, do mês de férias, no fim de semana, no sábado à noite, naquelas horas que talvez te sobrem todos os dias. Apesar de dispormos todxs de 24 horas a cada dia, são muitas as formas de vive-lo ou, nos termos do capitalismo neoliberal, de consumi-lo. A qualidade da relação que cada umx mantém com o tempo, é luta e mérito individual.

Organizando o tempo milimetricamente ou não, cada umx tem um ritmo, uma cadência, que rege a vida: há quem goste de passar os dias correndo, numa sobreposição de planos e anseios; há quem precise de doses intermitentes de ócio ou de breaks para respirar, ou fumar um cigarro; há quem goste de fazer tudo em seu devido tempo, com tranquilidade, uma coisa de cada vez, todas em uma grande e única fila; e há sempre xs que fazem de um jeito mas queriam fazer de outro.

No auge da distopia contemporânea, que culminou com a pandemia do Covid-19, como produto do momento de crise aguda, foram reveladas muitas das camadas de privilégios que cada umx acumula. O isolamento social, que impõe uma diversidade de restrições relacionadas à gestão do tempo, deixou de ser percebido como uma obrigação dx cidadãx bem intencionadx, para claramente ser mais um lugar de privilégio. Privilégio este que nem todx privilegiadx percebeu, claro. Para tanto, seria preciso perceber melhor x outrx.

Há xs que não sabem o que fazer com o tempo que transborda, por serem idosxs, aposentadxs, crianças ou adolescentes; porque mantiveram seus empregos mas estão trabalhando menos; ou simplesmente porque não precisam trabalhar para satisfazer suas necessidades (as básicas ou todas elas).

Há quem já estava trabalhando informalmente ou perdeu seu emprego, ficando sem ter o que fazer com o tempo e também sem ter o que comer. Algumas(guns) nesta situação, encontraram energia para reiventarem-se, outrxs não.

Há aquelxs que não puderam abandonar seus postos de trabalho, profissionais da área da saúde, da produção e comércio de alimentos e produtos de higiene, do transporte, dentre outros. Por isso, mantiveram o tempo bem preenchido, correndo mais riscos de contaminação (quiçá de morte) do que xs demais, com a missão de conseguir mais tempo (ou seria mais vida?) para suas/seus pacientes.

Há as mães e pais que mantiveram seus empregos e precisaram passar por um verdadeiro processo de transmutação em polvo, imersxs num cotidiano de consumo total das energias disponíveis e, claro, do tempo.

E, por fim, outras mães ou pais que ficaram desempregadxs, que dedicam todo seu tempo a encontrar maneiras de sobreviver e manter aquelxs que estão sob seus cuidados, segurxs e vivxs. Desespero.

E claro, quem não tem o privilégio de ficar o tempo todo em casa com as contas pagas, que precisa pegar o transporte público para trabalhar e colocar comida na mesa, não vai se preocupar em pegar o parque ou a praia cheia. Né?

Perceber as camadas de privilégios, sejam eles parcos ou abundantes, e estar prontx para assumi-los, demanda trabalho (e tempo, claro) e é parte importante do processo de cura pelo qual todxs nós, enquanto sociedade contemporânea, precisamos passar ao longo das próximas décadas. Não se sabe se o sistema aguenta mais um século dentro desta lógica que está operando. Mas por que estamos passando por tudo isso mesmo? Temos gente o suficiente tentando entender isso?

Apesar dos indivíduos que ocupam posições de tomada de decisão (ou que as influenciam) dentro da sociedade – como xs ditxs “políticxs” da administração pública, xs donxs de grandes empresas, xs maiores acionistas de corporações, trilhardárixs, bilionárixs e milionárixs em geral – serem xs principais responsáveis pelo que está acontecendo hoje no mundo, nos devendo respostas e propostas, a responsabilidade é compartilhada por todxs. Não há um ser especial sobre a face da Terra com o privilégio desta irresponsabilidade.

E como há muito trabalho pela frente, o maior trabalho do mundo, quem sabe não é hora de pegarmos na mão daquelxs que decidem, com firmeza, e elevarmos o sentido vigente de comunidade. Para quem está com as contas pagas, pode ser uma oportunidade para embarcar naquele trabalho comunitário. Para quem está sentadx sobre uma pilha de dinheiro, este é certamente o momento de entender que uma sociedade só prospera quando sua riqueza é dividida de forma justa. É mesmo possível ou aceitável que alguns trabalhos valham tanto mais que outros? Ninguém nasceu iluminadx porque nasceu ricx, ou ficou ricx porque é iluminadx.

Para seguirmos, é preciso energia (ou trabalho), intenção para a comunidade e muito, muito tempo. E tempo é privilégio. E tempo é vida. E tempo é memória.

Pegamos impulso nesta breve reflexão e começamos os trabalhos do HIPOCAMPO #8, que chega recheadíssimo! Primeiramente, damos as boas vindas às(aos) novxs colaboradorxs que já integram esta edição: Alvaro Seixas [Rio de Janeiro], Jeisiekê de Lundu [Salvador/BA], Larissa Ibúmi [São João Del Rei/MG], Luiza Prado [São Luiz do Paraitinga/SP] e Tiago Rivaldo [Rio de Janeiro].

O HIPOCAMPO #8 também traz contribuições de Alexandre Silveira [Campinas/SP], Ali do Espírito Santo [Porto Alegre/RS], Desali [Belo Horizonte/MG], Irma Brown [Recife/PE], Lucila Vilela [Florianópolis/SC], Maíra Freitas [Campinas/SP], Marco Paulo Rolla [Belo Horizonte/MG], Mariela Cantú [Argentina], Paula Borghi [Terra], Ricardo Basbaum [Rio de Janeiro] e William Galdino [Rio de Janeiro]. Eu também integro esta edição como autora, na Seção: A cena de arte auto-organizada. Vamos lá!

Bom passeio a todxs! Seguimos com força!

Maíra Endo
Editora-curadora do HIPOCAMPO #8

O HIPOCAMPO

Parte do sistema límbico, que regula emoções, o hipocampo é uma região pequena do cérebro que cuida do registro e decifração dos padrões perceptuais, formando e armazenando memórias. É o hipocampo que faz com que nossas experiências sejam acumuladas ao invés de simplesmente dissiparem-se. Também é responsável pela construção de mapas cognitivos, isto é, mapas construídos com base na percepção do indivíduo sobre seu lugar no ambiente, uma combinação de memória, emoção e estímulos sensoriais.

O HIPOCAMPO é em espaço de arte independente, multidisciplinar e virtual, que tem como proposta principal ARMAZENAR, ACUMULAR e difundir conteúdos – diversos em seus temas, linguagens, suportes e contextos de realização – produzidos por um grupo de colaboradorxs, dentre artistas, escritorxs, curadorxs, historiadorxs, críticxs, gestorxs, designers, produtorxs, pesquisadorxs, educadorxs e jornalistas. O HIPOCAMPO dedica-se, portanto, à construção de um acervo público digital e multidisciplinar, e sua difusão através de mostras semestrais em seu site, o www.hipocampo.art.br, sempre em abril e outubro. Cada edição do HIPOCAMPO revisita e reativa este arquivo vivo.

O HIPOCAMPO nasceu em 2016, logo após eu me desligar de um outro espaço de arte independente, o Ateliê Aberto, que funcionou em Campinas até o ano anterior. Parti de algumas inquietações: a dificuldade de fazer trabalhos de arte não inéditos circularem e, consequentemente, chegarem a mais pessoas; a imagem de ateliês de artistas entupidos de obras que participaram de uma ou duas exposições e provavelmente nem saíram do estado onde foram produzidas; e o quanto o poder sobre o arquivo, a memória e sua difusão está concentrado nas mãos de instituições públicas, a cada dia menos confiáveis.

Hoje o acervo do HIPOCAMPO é formado por cerca de 250 peças, entre textos e vídeos em diversos formatos, áudios, desenhos, ilustrações, fotografias, livros de artista e publicações, de mais de 40 colaboradorxs de diferentes áreas artísticas, atuações e localidades: Campinas, São Paulo, Taubaté, Ilhabela, Rio de Janeiro, São João del Rei, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, Recife e Natal. O HIPOCAMPO também tem colaboradores na Alemanha, Argentina, Espanha e Itália.

Meu nome é Maíra Endo e eu sou propositora, gestora e editora-curadora do HIPOCAMPO. Bem vindxs!

#english

Part of the limbic system, that regulates emotions, the hippocampus is a small region of the brain that takes care of the record and decoding of perceptual patterns, forming and storing memories. It’s the hippocampus that makes our experiences to accumulate instead of simply dissipate. It’s also responsable for the construction of cognitive maps, namely maps constructed based on the perception of the individual about his place in the enviroment, a combination of memory, emotion and sensory stimuli.

HIPOCAMPO is an independent, multidisciplinary and virtual art space, which mission consists in STORE, ACCUMULATE and spread contentes – diverse in its themes, languages, medias and realization contexts – produced by a group of collaborators, among artists, writers, curators, historians, critics, art managers, designers, producers, researchers, educators and journalists. HIPOCAMPO is therefore dedicated to the construction of a digital, public and multidisciplinary collection, and its diffusion throughout half-year exhibitions/editions at this website, always in April and October. Every HIPOCAMPO exhibition/edition re-visits and re-activates this collection.

HIPOCAMPO was founded in 2016, right after I left another independet art space, Ateliê Aberto, that operated in Campinas untill the previous year. I was modivated by a few concerns: the dificulty of making artworks move around and, consequently, reach more people; the image of artists studios full of artworks that were shown in one or two exhibitions and probably not even left the State where it was produced; and how much the power over the archive, the memory and its diffusion is concentrated in the hands of public institutions, each day less reliable.

Today the HIPOCAMPO collection is composed by around 250 pieces, among texts and videos in several formats, audios, drawings, illustrations, photographies, artists books and publications from more than 40 collaborators from different artistic backgrounds, expertise areas and locations: Campinas, São Paulo, Taubaté, Ilhabela, Rio de Janeiro, São João del Rei, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, Recife e Natal. HIPOCAMPO has also collaborators in Germany, Argentina, Spain and Italy.

My name is Maíra Endo and I am HIPOCAMPO proposer, manager and editor-curator. Welcome!

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